domingo, 21 de junho de 2020

🌹SEARAS DE MAR PERDIDAS🌺


SEARAS DE MAR PERDIDAS

Falta-me o fôlego já foge-me a luz
Nas searas de bilros que deixam sangue
Estremece-me o corpo de bordar sentir
Rendas brancas da sombra do medo

Olho para lá do labirinto dos espíritos 
Cemitério de tantos livros esquecidos 
Regaço de negras flores, perdidas em mim
Cesta de verga velha num canto lá de casa

Anjo da alma esquecido entre o inferno
Primata no corpo, reverso em faísca ténue 
Voz do silêncio, mendigo de tantos caminhos
Brinco no mar de abraços, onde tu descansas

Isabel Morais Ribeiro Fonseca


Lareira do apeadeiro ou estação de comboio da Aldeia Salselas-Trás-os-Montes

Sem comentários:

Enviar um comentário