SEARAS DE MAR PERDIDAS
Falta-me o fôlego já foge-me a luz
Nas searas de bilros que deixam sangue
Estremece-me o corpo de bordar sentir
Rendas brancas da sombra do medo
Olho para lá do labirinto dos espíritos
Cemitério de tantos livros esquecidos
Regaço de negras flores, perdidas em mim
Cesta de verga velha num canto lá de casa
Anjo da alma esquecido entre o inferno
Primata no corpo, reverso em faísca ténue
Voz do silêncio, mendigo de tantos caminhos
Brinco no mar de abraços, onde tu descansas
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Lareira do apeadeiro ou estação de comboio da Aldeia Salselas-Trás-os-Montes
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