domingo, 26 de dezembro de 2021

🌹AMEI-TE? SIM. DOIDAMENTE!💖


 AMEI-TE? SIM. DOIDAMENTE!


Amei-te? Sim. Doidamente!
Como as rosas que floriam 
No belo jardim o nosso. 
Amei-te? Sim. Doidamente!
Com a intensidade das ondas
Do mar querendo afogar-me nele.
Amei-te? Sim. Doidamente!
Como um sonho acordado que vive 
As suas emoções intensamente.
Amei-te? Sim. Doidamente!
Com as horas, minutos, segundos
Sem pudor dos que nada pedem. 
Amei-te? Sim. Doidamente!
Com lágrimas, sorrisos, dores
Das velhas penas em prece.
Amei-te? Sim. Doidamente!
Por toda a vida se Deus quiser
E mesmo depois da morte te amarei.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca 



segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

ღCONTO DE NATAL 🌲

CONTO DE NATAL 

Era uma noite fria e escura
Numa aldeia perdida ou talvez esquecida
Em Trás os Montes
Onde uma menina passava o seu primeiro Natal
Depois de chegar de África (Luanda)
Era tudo novo, diferente, frio, escuro
Ela que tinha vivido com sol, calor, praia
Sentia-se perdida num mundo, para ela diferente
A casa dos avós até era muito acolhedora
Mas ela sentia falta da sua casa
Do seu quarto, da sua escola, de tudo
Em casa dos avós, o colchão era de palha
Tinha um cheiro muito esquisito
Lá vivia uma menina sonhadora 
Morava com os pais e com os seus irmãos
Era uma noite fria 
Às portas da guerra da independência
Que viria muito brevemente a acontecer
Mudando-lhe a vida e marcando-lhe para sempre
Era a noite de Natal não havia presentes
E muito menos a árvore de Natal
Ou o Presépio, mas havia alegria e amor
Os pais davam muito carinho aos seus filhos
Mesmo sem a árvore de Natal e sem presentes
Contavam-se histórias à lareira, o riso era constante
Foi uma noite que nunca mais esqueceu
Aquela menina de dez anos
Numa noite fria e escura, mas quente no seu coração
Era a noite de Natal fria
E gelada numa aldeia em Trás-os-Montes
Passada em casa dos meus avós numa noite de Natal.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca 

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

ღTRAGO NO REGAÇO URZES 🌹

TRAGO NO REGAÇO URZES

Trago no regaço, um ramo de urzes
Nos versos que vou escrevendo
Perfumadas flores silvestres
Que abrigam fadas entre as estações

São as dores, os amores que o vento trás
Numa sinfonia entre as águas do rio
Preces bordadas nos vales, lameiros, serras
Fragas esculturais no verdejante versar

São as urzes que até as rosas sentem ciúme
De tamanha beleza desta terra fria
Onde o céu pintou de amor o sol de Inverno
Os corações hibernados nas raízes das urzes

Não há outono sem urzes ou dança das fadas
Não amor sem ter uma eterna ou terna poesia
Trago no regaço um ramo urzes floridas
Pequenas e belas flores cor de rosa e brancas

Isabel Morais Ribeiro Fonseca


Urze flor silvestre 
há quem diga que é uma praga 
mal sabem eles que é uma planta medicinal

A urze, uma planta muito comum em várias regiões do país, contém flavonoides, como a quercetina ou o kaempferol, com ação anti-inflamatória, calmante e antialérgica e arbutósido, com ação antioxidante e antissética, com especificidade para as vias urinárias. Para além disso, contém taninos, uma substância que tem uma ação adstringente e regeneradora dos tecidos. Outro dos componentes desta planta são as proantocianidinas oligoméricas, com ação antioxidante.
Esta planta também contém vários triterpenos, com particular destaque para o ácido ursólico, com ação antioxidante, anti-inflamatória, regeneradora e protetora da pele e cabelo. Vários estudos confirmaram, ao longo dos anos, o seu efeito fotoprotetor, como é o caso de um publicado no Journal of Environmental Pathology, Toxicology and Oncology, em 2012. Um gel obtido a partir dos componentes da urze demonstrou ter um efeito protetor da pele contra os raios ultravioletas.