NUNCA ESTEVE NO CÉU
Nunca esteve no Céu
Mas já viu um campo de urzes
São as estevas que perfumam a terra fria
E os ventos tornam o Inverno eterno
Já as árvores secas vão-se despindo
Das suas folhas entre as fragas
As horas passam lentas encosta abaixo
O corpo já não é o mesmo
O sol põe-se e ele esteve sempre aqui
Em cima do monte na sua solidão
Neste silêncio surdo do vale
Em que a sua alma cava
Os dias, as noites
Que o vento leva o eco dos anos
Será um presságio dos deuses
Desta terra amada ou amaldiçoada
As árvores crescem secas e nuas
E a sua pobre alma também
Já o seu coração ficou hibernado
Nas raízes das árvores com a geada.
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Maravilhoso poema, onde a veia e o sentimento poético está em cada palavra escrita, com o fulgor de como a natureza é fundamental na vivência sentida do amor e respeito que devemos ter por ela. 🌿🌺🌳❤
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ResponderEliminarFantástico! Parabéns!
ResponderEliminarApreciei a leitura! Parabéns! Beijos!
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