sábado, 13 de março de 2021

ღ SOU UM MONGE, UM ESPÍRITO ✿


 “SOU UM MONGE, UM ESPÍRITO


Sou um monge, um espírito
Que múrmura em silêncio
Um espectro agarrado a vida

Uma sombra escura nas falecidas
Esperanças de noturna luz
Filha esquecida lá na serra

No lúgubre perdido entre os lobos
Negra cruz de fraga que carrego
Neste corpo já tão castigado pela vida

Morte entre os ombros que chora
A saudade pelos sonhos que vai sonhando
Múrmura a felicidade que sente falta

Sei que sou, sou um espectro
Sem ódio, nem amor, vivo perdido
Em mim dos fantasmas que me assombram

Com pavor, não desejo morrer
Mas o meu espelho me reflete
Como um simples perdedor

Sou o vazio das minhas memórias
Erros meus de um amor ferido
Lenda tua de mau presságio

Sem futuro ou sem passado
Estou cansada pesa-me nos ombros
O remorso a dor de um coração carniceiro

Sedento da saudade de um amor.”

―Isabel Morais Ribeiro Fonseca


Caretos da Aldeia de Podence- Entrudo

“SEI QUE SOU


Sou um espectro

Sem ódio, nem amor

Vivo perdido em mim

Dos fantasmas que me assombram

Com pavor, não desejo morrer

Mas o meu espelho me reflete

Como um simples perdedor

Sou o vazio das minhas memórias

Erros meus de um amor ferido

Lenda tua de mau presságio

Sem futuro ou sem passado

Estou cansada pesa-me nos ombros

O remorso a dor de um coração carniceiro

Sedento da saudade de um amor.”


―Isabel Morais Ribeiro Fonseca





















“SOU UM MONGE

Sou um monge, um espírito
Que múrmura em silêncio
Um espectro agarrado a vida
Uma sombra escura nas falecidas
Esperanças de noturna luz
Filha esquecida lá na serra
No lúgubre perdido entre os lobos
Negra cruz de fraga que carrego
Neste corpo já tão castigado pela vida
Morte entre os ombros que chora
A saudade pelos sonhos que vai sonhando
Múrmura a felicidade que sente falta.”

―Isabel Morais Ribeiro Fonseca


5 comentários:

  1. Belíssimo! Maravilhoso!
    Eu adorei ler-te!

    Carpe diem

    ResponderEliminar
  2. Um poema sensível, mas complexo, triste e melancólico.
    A morte é sempre e em todas as circunstâncias uma tragédia, o silêncio de uma vida vivida, ou seja o último uivo do lobo(a), onde os fantasmas assombram o coração do carniceiro.

    ResponderEliminar