Escrevo um livro fechado,
com as páginas intactas,
a minha alma é um cadáver,
que foi pedir sonhos aos mortos.
Sem medos, sem culpas.
Quer se faça dia,
ou noite de trevas.
Presságios fúnebres,
de nocturnas preces.
Leva adiante,
de pávidos rostos abaixo do mar.
A sombra,
de uma só covardia de sossego.
Desfeita em desassossego.
Pedras geladas, fragas raras,
mármore precioso.
Oh morte leva contigo,
o perfume das flores.
Dos cravos, das rosas.
Estás aqui comigo, oh morte.
Na sombra deste sol quente.
Escrevo que a minha alma é um cadáver.
Para pedir um sonho aos mortos.
Afinal os vivos não me ouvem,
ou fingem não ouvir.
os livros escritos nas folhas do sonho
Feita de poemas cheios de amor e dor.
Sem comentários:
Enviar um comentário