IMORTAL
Carrego em mim um mundo atroz
no mais profundo mar de enganos
entre mudos insanos como loucos
caídos na boca do inferno sem perdão.
Sombras escuras pela própria ignorância
morrem tanto na tristeza como na alegria
escondem os seus vícios entre as trevas
no amargo deleite como um pobre imortal.
Deixo ao mundo todos os meus enganos
para não penar eternos anos de curtos dias
flama em chamas consumido pelo amor
tão desejado que morre sem nunca o deter.
Carrego no peito saudade de breves rasgos
que o meu coração tem, que o mar tortura
perversa saudade do meu sentido tormento
suspiros que desfalecem no meu desejo silêncio.
Isabel Morais Ribeiro Fonseca